17 de dez. de 2010

Para pessoas extremamente preocupadas com o sucesso dos outros


Pelo que fui avisada, estão descendo a lenha em minha pessoa. Creio que por que eu escrevo algumas coisas no meu blog, ,talvez por que às vezes eu tenha atitudes contraditórias em alguns aspectos. Por isso é que escrevi há dois textos atrás algo que fala sobre mudanças de hábito, no texto "Bombril". Este texto fala de mim mesma. Por que tem alguns defeitos que me incomodam, mas quando abrangem mais do que devem, aí a coisa fica ruim. É preciso mudar, corrigir e bem depressa. Se alguém aí, ainda estiver em total desagrado, pode atirar uns pedregulhos, é bom pra acordar mesmo.

Acho importante as manifestações de desagrado. Às vezes, nem sabemos que estamos sendo alvo de críticas mais fortes, considero isso natural, sendo que a maior causa dos problemas de todos os tipos de relacionamento vem da falta de comunicação ou do seu uso covarde...ainda prefiro que falem! E obrigada pela lembrança!

Não vou escrever tudo de novo e dizer que tem coisas que outras pessoas fazem que é necessário muita tolerância também, que estas mesmas pessoas falam de boca muito cheia e sequer limpam o lambuzo da própria...quem sabe cada um limpa sua boca? Estou cuidando da minha e não preciso do guardanapo de ninguém. 

O que eu escrevo não considero hipocrisia.
Tudo vem de experiência própria e como qualquer pessoa, pode ser que aconteçam alguns erros ainda, mas quem me conhece melhor acho que não me vê como uma pessoa abominável como alguns (quem?) tentam pregar. E deixo bem claro que não é por que eu escrevo que vou mostrar os dentes o tempo todo pra todo mundo.
Sou adulta, sei o que é certo, e como professora meu dever é fazer boas recomendações, sim, pois minhas alunas tem que ser muito melhores do que eu. Mesmo que eu ainda não seja o melhor de todos os exemplos, não vou desistir do que faço ou digo por causa de gente que infelizmente não consegue chegar a lugar algum, ou tenta chegar através da depreciação dos outros.

Por isso, irmã, não vou escrever por aí cantando aos quatro ventos que acho certas pessoas deploráveis, que jamais deveriam fazer o trabalho que tentam fazer, que não sabem realizar seus projetos com êxito, isso já deixou de ser um problema pra mim a partir do momento em que comecei a cuidar mais de mim e menos dos outros.
Siga seu caminho e tente fazer seu sucesso através do seu esforço próprio, do seu foco, é mais bonito.

Eu também fiquei chateada com muitas coisas que eu achei que não devia acontecer, mas não lembro de ter feito nada parecido com você. Coisas que quando reivindiquei, foi diretamente, não para os outros, e sequer obtive resposta sua, flor.

Ah! E sobre os termos pelos quais me entitulam,  não peço pra ninguém fazer isso pra mim, isso acontece naturalmente. Não me acho outra pessoa, não. Sou muito eu! Cada momento absorvo alguma referência de estudo, mas não se preocupe com meu personagem na dança, faz parte da eterna construção.

Espero que um dia alguém ache você o máximo, se for você mesma a se achar, é melhor ainda, pois aí talvez não sobre espaço nem tempo para achar defeitos nos outros.

Um grande beijo!

12 de dez. de 2010

O show Masala

Gostaria de abrir aqui todas as minhas reflexões e gratidões acerca do que foi trabalhado através deste show, todas que participaram, todas as percepções colhidas ao longo desta experiência, que já foi maravilhosa por ter dado tão certo, creio que o universo vai nos dar um bônus depois de tanta coisa que passamos juntas!!! Quem assistiu, espero que tenha visto o melhor que todas puderam dar, + o que restou de mim, o que foi mostrado ilustrou o tamanho de nosso coração, nossa vontade de compartilhar e a esperança de continuidade nessa intenção.
Foi minha primeira direção artística de um grupo maior, posso dizer que foi uma das melhores experiências da minha vida, o resultado foi muito gratificante. Minhas alunas são um presente, a dedicação e a fé que tiveram foi o que fez toda a diferença, com certeza. Em pouco tempo, contamos nossa história, realizamos um grande ritual que pôde ser visto, ouvido e sentido. Cada uma cumpriu seu papel brilhantemente.Valeu!!!
De coração, quero agradecer às minhas eternas colegas e irmãs, Bruna Maria Gomes e Fernanda Zahira Razi  Araújo Gonçalves (rsrsrs, nunca sei como montar o nome dela, confesso que essa coisa de nome artístico me enlouquece), tenho maior orgulho de trabalhar com essas malucas e minha admiração pelo talento delas cresce a cada dia. Durante estes dois anos de convívio semanal aprendi a conhecer cada jeito, cada expressão, suas sensibilidades, seus pontos fortes, gostos e preferências, assim como também seus desgostos, seus medos e dificuldades. Isso tornou nossa experiência um aprendizado riquíssimo e ultrapassamos qualquer barreira de relacionamento e acima de tudo o que ficou, independente de qualquer coisa, foi nossa amizade e a certeza de que o melhor que fizemos foi unir nossas forças na luta por uma arte mais decente, respeitada, criativa, sem competições e intrigas. como diria nossa querida Samantha (figuraça!) por sermos tão diferentes é que nos complementamos!!!
A pergunta que fica: por que tanta segregação, quando o que dá certo é a união? Por que não mais grupos felizes também?
Bom, uma dica antes de defender qualquer hipótese de união a qualquer preço, para que isso aconteça com menos risco de dissoluções ou atritos, é muito importante que se ponha em prática, mesmo em outras profissões, as seguintes atitudes:
1. Diplomacia.
Não é ser uma lady o tempo todo, ou engolir sapo, ou sair esbravejando qualquer problema. Tem alguma coisa que está incomodando? Não reclame para outra pessoa. Pelo menos não antes de tentar resolver com quem precisa, diretamente. E falar direito, com educação, objetividade, sem interferências emocionais.

2. Saber receber críticas
E cabe então a quem é dirigida a reclamação, pensar, avaliar, justificar e tentar resolver, antes de sair na defensiva e acusando outros culpados. Assuma sua fraqueza, peça ajuda, aceite sugestões.

3.Não ser dura demais consigo mesma
Ser perfeccionista é uma coisa, ser dura é não permitir que no seu trabalho possa existir um pouco de loucura absurda, distração, risada, sarcasmo ou romantismo...Ser dura é insistir demais quando a coisa não rende e não perceber que a criatividade tem seu auge e seu estímulo...é querer criar sem uma inspiração! Ou então, não se permitir criar, sei lá por que latas dágua. Como assim não criar, Bru? Isso acontece?Rsrsrsr

4.Aprender com as pessoas
Isso é uma grande prova de humildade e respeito. O mais legal na convivência é perceber o quanto da gente se incorpora nas pessoas, e como o jeitinho delas começa a interferir no nosso. É gostoso ver que captei um pouquinho da gentileza e da alegria da Fê, a falinha mansa e as idéias subversivas ou bem colocadas da Bru, e depois ver nelas minha coragem de ser ranzinza ou minha bestialidade. Tudo se troca, oras!

5. Tudo tem limite
Reconhecer os objetivos sem abrir maiores excessões nos impulsiona a alcançá-los num caminho mais correto, maduro. Ou seja: quando dá, ótimo, quando não dá, paciência, negamos mesmo. Através de bons argumentos, conseguimos manter a maioria das coisas em ordem. Temos que saber dizer e ouvir o NÃO. O caminho da fragilidade não será seguido, mas sim o do esforço. Como profissionais estabelecemos algumas regras que não devem ser quebradas, apenas adaptadas conforme a situação. Isso é importante para trabalhar com grupos maiores.

Esse foi nosso maior aprendizado. Com o show, pudemos aprender rapidamente mais algumas coisas importantíssimas, que tem a ver com atitude, organização, divisão de tarefas, exigências profissionais e liderança de grupos. Acho que para o próximo estaremos ainda mais preparadas, sem ilusões quanto aos desafios e com a confiança que ganhamos através de todas as meninas e convidados!

Obrigada, meninas! Vocês são tudo!!!

Abaixo, algumas das melhores fotos, tiradas pelo Luís, valeu amigão!






Bom bril

Atrasos em todos os aspectos, milhares de coisas pra fazer, nada se justifica abraçar o mundo e não dar conta. Culpa exclusiva. Após algumas lesões, tudo se ajeita, as coisas terminam bem, de forma geral.
Preciso colocar na minha cabeça geminiana que um ser humano não se compõe do mesmo slogan de um bombril: você pode ter mil e uma utilidades, mas cada uma a seu tempo. Mesmo por que, até onde eu sei, as mil e uma utilidades deste produtos estão um tanto restritas ao elemento "alumínio". Tem outras mais, mas tudo depende da potencialidade criativa da peça que está por trás, rsrsrs...
Bom, esta é minha forma de solicitar perdão público e abrangente. Espero que tal atitude venha a ser aceita, mas deixo claro que estou bem consciente de todas as falhas e compreendo perfeitamente qualquer rejeição.
 Como eu me cobro muito, também vejo todos os pequenos desagrados e defeitos de todas as pessoas com quem convivo, me conformando gradativamente com a condição de "não intereferente ativa": assistir sem poder tranformar, quando se quer meter o bedelho, também é uma virtude. Isso cansa um bocado, psicologicamente. Minha vida é feita de exercícios corporais, mentais e espirituais de alto impacto, mas que garantem a aceitação mútua dentro daquilo que chamo de relações humanas e pessoais. Compreensão e gratidão estão em primeiro lugar sempre.
Creio que por isso a mágica acontece. A fé indiscutível e inabalável, a confiança que tenho na vida me carregam pelo caminho no qual algumas vezes, me faltam as pernas, o equilíbrio, o tempo.
A vida toda é uma dança. A única diferença entre nós talvez seja a forma que manifestamos isso no universo.
Coreografada ou improvisada, a dança, como o domínio que temos sobre nossas coisas, nossas atividades, nossa rede, a teia da vida, nunca depende apenas de nós. Por mais que se faça, se queira, se saiba; quando a música falha, quando dá o branco, quando o carro pára, quando falta alguém, ou o telefone não liga, o que vai funcionar naquele momento? Justificativa pouco ajuda. A preparação que temos nos bastidores ainda é o porto mais seguro.
E quando ela não houver, bem...aprende-se ou perde-se tudo. Tudo tem sua razão de ser. Nada é por acaso. Mas olhar para trás é o maior recurso que dispomos para escolher o melhor caminho, nosso olhar sobre o mundo decide nossa permanência em determinados estados de burrice. E a capacidade de adaptação nos mantém em harmonia.

Céu de cereja

Fiquei encantada com o céu de ontem, no final da tarde. Queria que todos tivessem visto como tal imagem é esplendorosa e abençoada. Me emociona tal beleza, me distancia da pequenez de nossos problemas. Não se trata de displicência, de negligência, de fuga. É a simples verdade que grita por nossa reverência diante da obra da qual fazemos parte e que, mesmo sem entender como, de onde ou por quê, deveríamos agradecer e contemplar por alguns minutos. Não somos nós que perdemos tempo olhando, é a natureza que nos oferece minutos de seu amor, e que por tantas outras funções mesquinhas diante disso, perdemos.
Obrigada, Mãe.