Essa história de constrangimento é bastante complicada. Pois tanto eu como as pessoas que trabalham comigo estão aguardando que esta paralisia seja uma condição temporária, o que cria uma certa cautela sobre a exposição da minha imagem para que se evite constrangimentos desnecessários neste período de recuperação. Agora a pergunta é: e se os danos não fossem provisórios?
Como seria se eu, minha família e meus amigos e colegas tivéssemos que conviver com a notícia de que minha cara não voltaria mais ao normal? Nunca mais poderia exercer minhas principais funções como bailarina e profissional da beleza. Afinal para ambas, há necessidade social de estar pelo menos em condições físicas e expressivas adequadas...
Mesmo que eu conseguisse obter dinheiro de outra maneira, onde eu projetaria minha felicidade?
Tento compreender a vida e seus sinais...a maioria das pessoas prefere fechar os olhos para a compreensão daquilo que é incomum ou limitador e deixa para pensar somente quando a elas acontece algo que a tire da matrix. É como a morte: mesmo sabendo que ela é o único fim para todos, ninguém gosta de pensar sobre este momento, tão único quanto o nascimento. Negamos sua sombra mesmo sabendo que o amanhã pode não existir.
Calma, não sou suicida, hehehe...apenas realista, imersa numa história na qual tento arrancar um sentido e um proveito. Talvez eu seja oportunista mesmo, mas não vejo isso como algo negativo: é uma maneira maravilhosa de saber desfrutar positivamente de todos os acontecimentos da vida, sejam eles transitórios ou não. Dá leveza e disposição!
Ser normal é a melhor coisa do mundo. Agora resta saber como fazer a coisa funcionar quando esta verdade não está mais no nosso alcance.
É o momento de saber quem eu sou de verdade e para que estou aqui. E espero que refletindo essas questões, você possa valorizar seus momentos de saúde, compreender melhor as pessoas da sua família, compreender o quanto um sorriso seu é importante, principalmente ao cumprimentar e se despedir de alguém. A gente pensa que é só para os outros, como se fosse uma obrigação social...Ele é muito importante pra você. É um dos momentos mais difíceis do dia...não é fácil ser blasé, eu repito! Quem não sorri, por opção, mesmo gozando de perfeita saúde, é mesmo uma pessoa infeliz pra cecete!
Tirem-me o rosto, raspem minha cabeça, tolham-me o movimento das pernas...eu ainda estarei aqui sorrindo e vou matar a pau naquilo que eu resolver fazer, enquanto houver escolha. Por que eu não nasci pra dizer ok para o que quiser me parar. Bora!
É o momento de saber quem eu sou de verdade e para que estou aqui. E espero que refletindo essas questões, você possa valorizar seus momentos de saúde, compreender melhor as pessoas da sua família, compreender o quanto um sorriso seu é importante, principalmente ao cumprimentar e se despedir de alguém. A gente pensa que é só para os outros, como se fosse uma obrigação social...Ele é muito importante pra você. É um dos momentos mais difíceis do dia...não é fácil ser blasé, eu repito! Quem não sorri, por opção, mesmo gozando de perfeita saúde, é mesmo uma pessoa infeliz pra cecete!
Tirem-me o rosto, raspem minha cabeça, tolham-me o movimento das pernas...eu ainda estarei aqui sorrindo e vou matar a pau naquilo que eu resolver fazer, enquanto houver escolha. Por que eu não nasci pra dizer ok para o que quiser me parar. Bora!
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