Outra coisa com a qual tenho me identificado bastante é a sabedoria judaica. Sinceramente tem a ver com tudo que eu penso. Tudo que li pode ser aplicado no cotidiano sem nenhum sacrifício, são regras simples que tem explicação aceitável, assim como o guru Mooji: este cara simplesmente colocou abaixo todas as complicações e rituais que teoricamente precisamos nos envolver pra ser uma pessoa mais feliz e iluminada. A gente pode ser iluminado sim, não precisa fazer sacrifício nenhum, a gente já sofre demais por estarmos limitados ao corpo em busca de sobrevivência. Basta acreditar nos sinais diários e perceber que a mente não pode ser a condutora de todas as suas ações: por trás dela e do ego, temos o que chamaríamos de "verdade", onde não há tempo nem complicação.
Quer saber como resolver um problema? No fundo todos sabem, sempre há uma escolha, um apego a se desvencilhar. Depressão por exemplo, é apego. É falta de algo. As vezes não se sabe o que. Já senti um pouco isso, uma angustia, um vazio. Ficamos vez ou outra tentados a sentir isso, mas é só mais uma armadilha da mente: temos que tentar ser mais astutos do que ela. Ela faz com que acreditemos que ela é nosso eu, nosso todo, o interior absoluto. Mas o que fazer se estamos condicionados a nos apegar com determinadas coisas pra vivermos melhor neste planeta?
Acho que o mais importante pra começar é separar melhor o que as coisas realmente são pra gente. O que representam, por que estão ali, por que nos amarram tanto. Analisar o que poderíamos fazer se não existissem...
. Olhar para trás com sinceridade e ver tudo que se teve, tudo que foi vivido, pra ver qual a lição que o universo tenta nos mostrar.
As vezes não temos sentido pra tudo, mas no fundo, esse tempo linear que vivemos aqui serve pra alguma coisa.
Perdoar-se pelas falhas. As que você teve e as que você não teve como controlar. Mas tentar sacar a dinâmica disso, por que este é o desafio.
Não cair no conto do vigário de si mesmo. A mente vai tentar provar, justificar e verbalizar tudo que não precisa ter uma lógica. Ela vai fazer sempre você se grudar em desculpas pra justificar qualquer besteira. Elimine isso e vai ver tudo com mais clareza.
Outra coisa é não comparar. A gente tenta fazer comparações o tempo todo, achar defeitos em tudo e cria situações pra se autoafirmar o máximo possível. A gente realmente precisa disso? Não basta apenas resolver aquilo que nos serve e ignorar o que não serve?
Ficar horas em sofrimento para ser alguém melhor não é necessário. As pessoas sofrem absurdamente em todo o mundo a cada segundo, não gere mais sofrimento a si para alcançar algo que só está dentro de você. No fundo você sabe a escolha certa, a atitude correta. Vamos parar de sofrer tanto! Transforme a falta de energia em oportunidade e pare de sugar os outros com seus problemas.
Faça aquilo que você acredita ser bom. Sua vida é só o momento agora, daqui a pouco de nada se sabe, não há segurança, projeto nem controle...o que você tem de certeza no próximo segundo?
Tenho uma teoria pra compreender melhor o reconhecimento de uma escolha: somos casas, com portas, janelas, varanda, sala, cozinha, banheiro. Somos iguais por dentro, todos temos as mesmas peças. A diferença está por fora, no pátio, na aparência externa, naquilo que você deixa entrar e o uso que se faz com aquilo que está dentro. Com um detalhe: todos os tipos de situações e pessoas estão na rua passando, e mais cedo ou mais tarde é na sua casa que podem bater.
Nesse contexto de interação com as coisas da "rua", precisamos fazer a melhor escolha para termos uma casa um pouco mais preparada e apesar das adversidades que encontramos.
A sua casa não é a mesma do outro. Mas todos SÃO casas, tem a mesma categoria de existência.
Não somos obrigados a adorar ou adotar o mesmo sistema da casa ao lado, isso não seria natural, mas respeitar já é o suficiente...
Por isso quando olhar pra outra casa, abra os olhos depois que entrar pela porta e sentir que apesar de tudo, temos todos a mesma origem. Talvez sejamos o projeto de um grande arquiteto...nem sempre a execução é perfeita e fiel ao projeto, mas nós é que faremos a manutenção de tudo que nos foi ofertado.
Não somos obrigados a adorar ou adotar o mesmo sistema da casa ao lado, isso não seria natural, mas respeitar já é o suficiente...
Por isso quando olhar pra outra casa, abra os olhos depois que entrar pela porta e sentir que apesar de tudo, temos todos a mesma origem. Talvez sejamos o projeto de um grande arquiteto...nem sempre a execução é perfeita e fiel ao projeto, mas nós é que faremos a manutenção de tudo que nos foi ofertado.
Eu agradeço a este arquiteto pela oportunidade de estar aqui nesta casa e não condeno meu mestre de obra pelas pequenas falhas. Se minha casa cair, o projeto ainda estará lá e continuará. Dos meus alicerces podem se erguer novas e boas casas! Mas isso depende das escolhas feitas.
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